Se você perguntar para dezenas de pessoas diferentes “o que é Growth Hacking”, provavelmente terá dezenas de respostas diferentes. E olha só, é capaz de todas elas estarem certas.
Ficou confuso com isso? Calma, a gente vai explicar direitinho o que é Growth Hacking, como ele funciona na prática e como você pode aplicá-lo no dia a dia para ter uma rotina mais eficiente.
O que é Growth Hacking?
O Growth Hacking é uma forma de fazer com que as empresas atinjam seus objetivos com mais rapidez, utilizando o mínimo de recursos possível.
Ele surgiu no cenário de startups do Vale do Silício. Com orçamentos de marketing limitados, os empreendedores tiveram que criar novas maneiras inovadoras de fazer seus negócios crescerem rápido e a um custo mínimo.
O termo “growth hacking” foi criado por Sean Ellis em 2010. Segundo ele, “um growth hacker é uma pessoa cujo verdadeiro norte é o crescimento”.
É por isso que o Growth hacking usa a “experimentação rápida” em vários caminhos para determinar a maneira mais eficaz de dimensionar e expandir um negócio. Para isso, ele se concentra em metas, resultados e lucratividade – não em processos, portanto, nem sempre segue uma metodologia.
Acontece que um growth hacker está menos preocupado com as etapas que devem ser seguidas ou ferramentas que devem ser usadas e mais interessado em usar o pensamento analítico para identificar oportunidades de crescimento.
É bem comum ver o Growth Hacking sendo usado por startups e empresas que desejam aumentar a base de clientes rapidamente, usando soluções de baixo custo e mantendo o custo por aquisição de cliente lá no mínimo.
Uma combinação de métodos pode ser usada por growth hackers para atingir objetivos. Veja a seguir:
Principais técnicas de growth hacking
Experimentação
A experimentação está na essência do Growth Hacking, e assim ele abre espaço para todo tipo de experimentação – mesmo que elas não entrem em uma metodologia x ou y. É comum aqui equipes fazerem brainstorming para pensar em todas as possíveis soluções/ inovações.
Análise de dados
A mensuração é muito importante no Growth Hacking porque é ela quem vai guiar todos os esforços aplicados em um projeto. É preciso analisar o resultado de todas as ações e investimentos para, rapidamente, mudar de direção ou investir mais em um caminho.
Regra 80/20 – Princípio de Pareto
Já falamos sobre essa técnica aqui, mas resumidamente ela diz que 80% dos resultados vêm diretamente de 20% dos esforços empregados. Logo, com Growth Hacking você foca nesses 20% para obter resultados mais rapidamente.
Integração de dados
Outra técnica do Growth Hacking é a integração de dados. Parece que isso não é tão importante assim, mas dessa forma é possível fazer análises mais profundas e “certeiras” sobre os clientes e até oferecer uma melhor experiência de compra.
Exemplos de empresas que utilizam Growth Hacking
Veja alguns exemplos de empresas que usaram o Growth Hacking e expandiram seus negócios em pouquíssimo tempo:
Dropbox
Essa é outra empresa conhecida por “hacks de crescimento criativo”. Ela transformou seu processo de integração porque ofereceu aos usuários mais armazenamento gratuito para vincular sua conta ao Twitter e Facebook – mas para isso eles precisavam compartilhar informações sobre o Dropbox nesses sites sociais.
Essa foi uma forma gratuita de obter novos usuários e crescer muito.
Candy Crush
Só quem já jogou esse joguinho (aparentemente inofensivo) sabe como ele pode ser viciante e que nós faríamos tudo por mais algumas vidas para passar aquela fase dificílima. Sabendo disso, os seus criadores usaram o Growth Hacking para atrair novos usuários.
Para isso, os jogadores precisariam convidar novas pessoas para o jogo, assim ganhariam vidas gratuitamente. Em pouco tempo o jogo virou uma febre em vários países do mundo e continua se atualizando com novas versões constantemente.
Hotmail
Nunca subestime o poder de uma assinatura de e-mail. O Hotmail (saudades MSN), precursor do Outlook.com, adicionou uma linha de assinatura ao e-mail de saída de cada usuário, convidando os destinatários do e-mail a obter uma conta gratuita.
A assinatura era assim: “Ps: Eu te amo. Sua conta grátis te espera aqui”. Isso foi o suficiente para projetar um crescimento super rápido para 12 milhões de usuários (ou cerca de 20% do mercado de e-mail na época) em 18 meses.
Uma das plataformas de mídia social mais populares do mundo é, sem dúvida, um dos melhores exemplos de Growth Hacking no cenário digital de hoje. Com mais de 2 bilhões de usuários, ele usou técnicas eficazes para crescer.
Em primeiro lugar, eles encorajaram as pessoas a adicionar seus amigos e familiares para que eles possam compartilhar conteúdo dentro de seu círculo no Facebook. Era preciso um convite para fazer parte da rede e isso despertou o interesse de muitas pessoas que, curiosas, ainda não conseguiam acessar.
O resultado todos nós já sabemos, né?
PayPal
Outro negócio que está provando ser um dos melhores exemplos de Growth Hacking é o PayPal.
Sua estratégia inicial era usar um programa de referência. Eles começaram a incentivar os usuários que trouxeram mais usuários usando o convite do PayPal. Como resultado, os negócios do PayPal começaram a crescer de 7% a 10% diariamente. O custo total dos incentivos foi de quase 60 milhões de dólares.
3 formas de aplicar no dia a dia
Existem algumas formas de aplicar o Growth Hacking no seu dia a dia – e já falamos de várias delas por aqui. Veja alguns exemplos práticos:
1 – Faça muitos testes!
Teste ao máximo tudo o que puder: variações de anúncios, variações de textos, variações de e-mails, variações de direcionamento…
Sabe aquela história do “nada é tão bom que não possa melhorar”? Então, o pensamento é por aí. Sempre existem formas mais eficientes de fazer algum processo, e no Growth Hacking sempre se está em busca delas.
2 – Programas de referência
Nos exemplos que mostramos de empresas que usam o Growth Hacking, uma técnica se destaca. Os programas de referência são muito usados porque eles são uma das formas mais rápidas de expandir um negócio, já que os próprios consumidores são os responsáveis por essa expansão – já que um cliente convida outro, que convida outro, que convida outro…
3 – Colete (e analise) todo tipo de dado
Quanto mais dados, melhor! Se está fazendo uma campanha de marketing, por exemplo, invista em estudar ao máximo seu cliente e, para isso, colete todas as informações necessárias.
Quanto mais se sabe sobre ele, mais assertivas serão suas ações e investimentos. Uma boa análise de comportamento pode trazer métricas super importantes para os próximos passos de um projeto.
Gostou do conteúdo? Quer saber um pouco mais sobre o assunto? Assine a nossa newsletter e fique por dentro de todas as novidades por aqui!