Pipeline de liderança e o desenvolva competências

Pipeline de liderança

A capacidade de liderar é um talento inato ou pode ser aprendido? Nos últimos anos muitas empresas estão entendendo que o potencial de liderança pode sim ser desenvolvido e investindo nessa ideia. É por isso que hoje vamos falar sobre como você pode desenvolver competências para se destacar como um bom líder com o Pipeline de Liderança.

Pipeline de liderança: o que é ?

Antes de começar, vamos falar sobre o que é o Pipeline de Liderança e como surgiu esse termo. Ele nada mais é do que uma metodologia que ensina seis passos para se desenvolver como líder e ser conhecido por sua equipe (tanto a que já te lidera quanto a que você pretende liderar). 

Com algumas ações consistentes, você pode desenvolver seu potencial de liderança, se destacar na empresa e ser notado como um futuro líder à frente de seus colegas.

Quem desenvolveu esse termo foram os consultores de negócios Stephen Drotter, Ram Charan e Jim Noel nos anos 2000, com o livro The Leadership Pipeline. Nesse livro se consolidou o modelo contemporâneo de Pipeline de Liderança que hoje é usado por várias empresas.  

Saiba mais sobre como funcionam os seis passos fundamentais para o progresso no Pipeline de Liderança a seguir.

Como desenvolver essa metodologia?

O Pipeline de Liderança pode te ajudar a alcançar suas metas profissionais e até ser um guia no seu plano de carreira. Para isso, os autores do livro dizem que também é preciso adquirir novas competências e habilidades ao longo do caminho, além de estar sempre revendo prioridades. 

Dessa forma, é preciso que você caminhe por esses seis níveis na sua carreira. Acompanhe:

De gerenciar a si mesmo a gerenciar outros

Funcionários novos e jovens geralmente passam os primeiros anos em uma organização como colaboradores individuais. Seja em vendas, marketing, comunicação ou em outras áreas, normalmente seus requisitos são principalmente técnicos. 

Ou seja, você contribui fazendo o trabalho designado dentro de determinados prazos e de maneiras que atendam aos objetivos. 

Porém, quando as pessoas se tornam colaboradores individuais qualificados, geralmente recebem responsabilidades adicionais. E quando demonstram capacidade de lidar com essas responsabilidades e aderir aos valores da empresa, geralmente são promovidos a gerentes de nível um.

Essa é a passagem um – e embora possa parecer uma passagem de liderança fácil e natural, geralmente é aqui onde as pessoas tropeçam. Isso acontece porque os funcionários de melhor desempenho tendem a não querer mudar, já que eles querem continuar fazendo as atividades que os tornaram bem-sucedidos. 

Como resultado, muitas pessoas fazem a transição de colaborador individual para gerente sem realmente fazer uma transição comportamental. 

Por isso aqui é muito importante que você, como gerente de primeira viagem, aprenda como realocar seu tempo para que não só entregue o seu trabalho, mas também ajude os outros a ter um bom desempenho. 

De gerenciar os outros a gerenciar gestores

A maior diferença aqui em relação à passagem anterior é que, nesse nível, os gerentes devem apenas gerenciar. Eles podem até fazer pequenas tarefas individuais, mas as principais funções são de gerenciamento.

Nessa fase, você deve selecionar as pessoas que irão se tornar os próximos gerentes de nível um. Além disso, os gerentes aqui precisam ver além da descrição de suas próprias funções e considerar as questões estratégicas que afetam o negócio como um todo.

“Muitas vezes, as pessoas que foram promovidas a cargos de “gerente-de-gerente” pularam a passagem um; eles foram promovidos a gerentes de primeira linha, mas não mudaram as habilidades, aplicação de tempo ou valores de trabalho. 

Como resultado, eles obstruem o canal de liderança porque responsabilizam os gerentes de primeira linha pelo trabalho técnico, em vez do trabalho gerencial. Eles ajudam a manter e até mesmo a incutir valores errados nas pessoas que se reportam a eles. Eles são essencialmente incapazes de diferenciar entre aqueles que podem fazer e aqueles que podem liderar”, explicam os autores no livro The Leadership Pipeline.

De gerenciar gestores a gerente funcional

A terceira fase do Pipeline de Liderança envolve quando o gerente se torna responsável por uma função dentro da organização (por exemplo: gerente de RH, gerente de marketing, entre outros). 

Aqui, você se torna responsável por gerenciar toda uma área, que muitas vezes desempenha funções que você não está familiarizado. É preciso não só se esforçar para compreender essas novas áreas , mas também aprender a valorizá-las.

Uma das dificuldades encontradas nesse estágio é a comunicação. Isso acontece porque, por exemplo, a comunicação com o nível de contribuidor individual agora requer penetrar em pelo menos duas camadas de gerenciamento.

Por isso, aqui é recomendado o desenvolvimento de novas habilidades de comunicação (na verdade, ele é quase obrigatório).

De gerente funcional a gerente de negócios

Essa passagem costuma ser a mais satisfatória e desafiadora da carreira de um líder. Para qualquer organização, é de missão crítica: os gerentes de negócios são responsáveis ​​pelos resultados financeiros.

Os gerentes de negócios geralmente têm uma autonomia significativa, o que as pessoas com instintos de liderança consideram libertador. Eles também são capazes de ver uma ligação clara entre seus esforços e os resultados financeiros.

Provavelmente, existem mais responsabilidades novas e desconhecidas aqui do que em outros níveis. Aqui é necessário não só aprender a administrar diferentes funções, mas também aprender a trabalhar com uma variedade maior de pessoas do que nunca.

De gerente de negócios a gerente de grupo

Um gerente de negócios cuida do sucesso de seus próprios negócios, já o gerente de grupo valoriza o sucesso dos negócios de outras pessoas. Os autores do livro dizem que aqui “a distinção é crítica porque algumas pessoas obtêm satisfação apenas quando são elas que recebem a maior parte do crédito”.

De acordo com os autores, os gerentes de grupo devem dominar quatro habilidades:

  • Avaliar a estratégia para alocar e implantar capital; 
  • Desenvolva gerentes de negócios;
  • Desenvolver e implementar uma estratégia de portfólio;
  • Avaliar o potencial dos outros negócios da rede.

Um líder neste nível deve ter uma perspectiva global e ser um conhecedor do mercado em que atua.

De gerente de grupo a gestor corporativo

Aqui o líder chega a um dos postos de trabalho mais cobiçados: o CEO. A transição durante esse sexto estágio é muito mais sobre os valores do que necessariamente sobre as habilidades.

Em uma extensão ainda maior do que no nível anterior, é necessário se reinventar como gerentes corporativos – além de entender completamente como a organização funciona. 

Os autores explicam que a visão do CEO aqui “deixa de ser estratégica para ser visionária”, e funciona quase como um plano a longo prazo.

Quais os benefícios para o líder?

Os benefícios do Pipeline de Liderança para o líder giram em torno da estruturação de um treinamento. Ou seja, ele garante com que você saiba exatamente quais habilidades e competências precisa desenvolver em cada nível.

Além disso, facilita também o processo de sucessão, já que você vai saber como identificar os novos líderes em potencial na sua empresa.

“As empresas são bem-sucedidas na medida em que eles têm líderes em todos os níveis da organização. Qualquer instituição que investe no desenvolvimento de líderes em todos os  níveis vai ficar à frente da concorrência”, Noel Tichy, diretor do Programa de Liderança Global da Universidade de Michigan.

Dando o próximo passo! 

Já que para se tornar um líder capaz de percorrer todo o Pipeline da Liderança você precisa desenvolver algumas habilidades, vamos te mostrar uma das formas mais eficazes de dar o próximo passo: a Pós-Graduação em Gestão de Pessoas – Liderança em novos tempos.

Ela conta com a mais completa estrutura de habilidades técnicas e comportamentais (hard e soft skills) por quem mais conhece esses desafios no mercado. Conheça mais sobre o curso aqui e inscreva-se hoje mesmo!

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