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Saiba o que é metodologia ágil e como ela pode tornar a gestão de projetos mais eficiente

Metodologia ágil

A metodologia ágil já é bem conhecida por ter revolucionado a tecnologia da informação, mas agora também está aumentando taxas de sucesso de outros setores. 

Esse tipo de metodologia para gestão de projetos envolve novos valores, princípios e práticas e é uma alternativa ao estilo de gerenciamento de comando e controle.

Já imaginou se uma empresa pudesse ter o dobro de resultados positivos apenas por uma mudança de processos? E se os planos de marketing pudessem gerar mais vendas sem necessariamente usar mais investimento? Ou se os recursos humanos pudessem recrutar com bem mais eficácia?

Entenda como a metodologia ágil funciona e quais são os tipos mais famosos aqui!

O que é metodologia ágil

Hoje, as empresas de software e agências de marketing estão especialmente por dentro dessa tendência. 

Como o nome sugere, a metodologia ágil permite que as equipes consigam mudar rapidamente de direção e realizar tarefas em menos tempo que o comum. Ela é um conjunto de práticas e técnicas focadas em produtividade e eficácia que tornam os processos mais rápidos.

Além disso, com ela as equipes reavaliam o trabalho que estão fazendo e ajustam tudo o que for necessário durante o processo de produção.

Segundo um artigo publicado na Harvard Business Review, a metodologia ágil “aumenta a produtividade da equipe e a satisfação dos funcionários, minimiza o desperdício inerente a reuniões redundantes (…), melhora o envolvimento e a satisfação do cliente, traz os produtos e recursos mais valiosos para o mercado de forma mais rápida e previsível e reduz os riscos.”

Diferença entre metodologia ágil e tradicional

No gerenciamento ágil, ao contrário das etapas tradicionais de gerenciamento, existe uma fluidez que permite adaptações durante todo o ciclo de vida do projeto. É como se fosse permitido trocar o pneu com o carro andando (e dá certo!).

Na metodologia comum só é possível avaliar os resultados quando um projeto é finalizado, mas na metodologia ágil essa avaliação acontece 100% do tempo. Isso reduz as chances de refação e permite com que o desenvolvimento do projeto seja aprimorado conforme ele é feito.

Uma analogia bem simples para explicar essa diferença: imagine que você está cozinhando. Com a metodologia tradicional você só vai experimentar a comida depois que ela estiver pronta. Se ficar ruim, você tem que começar do zero.

Na metodologia ágil, é como se você fosse provando conforme faz a receita – e aí pode adicionar sal se estiver faltando, mudar os temperos, avaliar o ponto. 

Mas não é só isso. Com a metodologia ágil também é possível fazer um melhor controle de budget (já que as equipes podem considerar alterações no custo do projeto) e contar com a participação mais próxima de clientes e colaboradores.

Principais exemplos de metodologia ágil 

Durante os últimos anos, alguns tipos de metodologias ágeis se destacaram no mercado e têm se expandido por vários setores. Conheça os principais exemplos e saiba mais sobre cada um deles:

Scrum



O Scrum é uma abordagem que usa intervalos de tempo para guiar seus projetos – cada período é chamado de sprint

Normalmente cada sprint dura uma semana e seu objetivo principal é apoiar as equipes para fornecer produtos do mais alto valor possível de forma produtiva e criativa.

Em um projeto Scrum existem três principais funções:

  1. Dono do produto:  representa o cliente. Ele organiza e gerencia o backlog do produto, que é uma lista de tarefas necessárias para o produto ficar pronto. 
  2. Scrum Master: é o líder da equipe. Das tarefas que estão no backlog, ele escolhe aquelas que têm maior prioridade (e trarão mais resultado) para que o time possa realizá-las dentro do período do sprint.
  3. Time: uma equipe auto-organizada (ou autogerenciada) que faz o trabalho durante o sprint.

O que faz do Scrum uma das metodologias ágeis mais famosas hoje é a forma com que os ciclos de produção acontecem. Ao final de cada sprint, é feita uma revisão de todas as tarefas, que nesse momento podem ser melhoradas.

Esses pequenos ciclos permitem que o projeto evolua com mais facilidade, velocidade e sem erros que acabam virando uma “bola de neve”, pois são identificados com mais rapidez.

Uma das famosas práticas do Scrum é usar um quadro de tarefas (físico ou em ferramentas online) que permite com que toda a equipe veja a evolução do projeto. 

EXtreme Programming (XP)

Essa era uma das metodologias ágeis mais conhecidas e usadas no início dos anos 2000. Criada em 1997 pelo engenheiro de software Ken Beck, tem o objetivo de encontrar maneiras de escrever software de alta qualidade rapidamente e ser capaz de se adaptar às constantes mudanças dos clientes. 

XP se assemelha ao Scrum em alguns pontos. 

Aqui, as equipes também planejam uma quantidade específica de trabalho e realizam as tarefas em faixas de tempo curtas (chamadas iterações).

A principal diferença entre o XP e outras estruturas iterativas é que ele se concentra em práticas de engenharia de software em um “nível hardcore”. 

Por exemplo, muitas pesquisas sugerem que as revisões de código são uma das maneiras mais eficazes de encontrar defeitos. O XP leva isso ao extremo e incentiva a revisão 100% do tempo.

Essa metodologia não se concentra apenas em iterações curtas, mas também incentiva ciclos de lançamento curtos para reduzir os riscos inerentes à entrega de produtos técnicos. 

Os quatro valores dessa metodologia são:

  1. Comunicação: manter a discussão fluindo para diminuir os atritos e problemas.
  2. Simplicidade: fazer mais com menos.
  3. Feedback: entre colaboradores, clientes e fornecedores.
  4. Coragem: tomar decisões difíceis pode ajudar a entregar em alta velocidade.

Lean


A metodologia Lean é uma evolução do Sistema Toyota de Produção que a montadora implantou após a Segunda Guerra Mundial para melhorar a eficiência e a flexibilidade de sua fabricação. 

Dois livros importantes, The Machine That Changed the World (1990) de James P. Womack, Daniel Roos e Daniel T. Jone e Lean Thinking (1996) de James P. Womack e Daniel T. Jones, moldaram a estrutura e os princípios para o método Lean.

Embora essa metodologia  tenha começado na fabricação, hoje é amplamente utilizada em todos os setores – incluindo logística, distribuição, serviços, varejo, saúde, construção, manutenção e até mesmo ensino superior.

Dois conceitos são o coração da metodologia Lean. Uma organização não pode praticá-la sem tê-los em mente:

  • Respeito pelas pessoas
    Todos sabemos que as melhores ideias geralmente vêm de pessoas que são diretamente responsáveis ​​por produzir o produto ou fornecer os serviços. O método Lean vira a gestão de cima para baixo e permite que todos sejam ouvidos.
  • Melhoria Contínua
    Os líderes Lean acreditam que os processos sempre podem ser melhorados e que essa é uma atividade diária que é responsabilidade de todos na organização. A estrutura é aplicada com um ciclo de melhoria.

Além disso, foram estabelecidos cinco princípios básicos para a metodologia Lean, dando aos líderes uma estrutura para operar. Veja:

  1. Valor. O Lean começa por entender que valor o cliente dá ao produto ou serviço oferecido. Todo valor é definido pelo cliente, não pelo produtor. O preço é baseado no que o cliente está disposto a pagar e determina o custo máximo permitido para produzir o produto. A organização então se concentra em eliminar o desperdício para que possam entregar o que o cliente deseja com as margens mais altas possíveis.
  2. O fluxo de valor. Ele representa a soma de todo o ciclo de vida do produto, desde a pesquisa e desenvolvimento até o uso do produto pelo cliente. Uma compreensão profunda do fluxo de valor é necessária para atingir o valor máximo e eliminar o desperdício. Cada processo é examinado para ver o valor que ele agrega. Processos, recursos e materiais que não agregam valor são removidos.
  3. Fluxo. O fluxo de valor deve fluir perfeitamente, sem interrupção ou atraso. O método Lean busca ter todos os processos totalmente sincronizados entre si. Um fluxo de processo uniforme é uma das condições necessárias para a produção just-in-time.
  4. Puxar. O que torna o fluxo possível é a ideia de puxar. Em Lean, puxar significa garantir que nada seja feito antes de ser necessário. Em vez de criar trabalho com base em uma previsão e cronograma, nessa metodologia nada é feito até que o cliente interno ou externo faça o pedido. Isso possibilita tempos de ciclo de entrega mais curtos e aumenta a flexibilidade. 
  5. Perfeição. Alinhado com o conceito de melhoria contínua, os praticantes Lean exercem uma busca incessante pela perfeição. Eles se aprofundam nas causas dos problemas de qualidade e desperdício, aplicam medidas mais rigorosas e fazem mudanças incrementais com mais eficácia do que seus concorrentes menos bem-sucedidos.

Vantagens em adotar a metodologia ágil para gestão de projetos

Veja algumas das vantagens em usar a metodologia ágil para gerir projetos:

Alta qualidade do produto

No desenvolvimento ágil, o teste é integrado durante o ciclo, o que significa que há verificações regulares para ver se o produto está funcionando durante o desenvolvimento. Isso dá a chance para o time alterar o que for necessário, e a equipe estará ciente se houver algum problema. 

Clientes mais satisfeitos

Como o progresso do desenvolvimento tem alta visibilidade e flexibilidade para mudar, isso traz mais engajamento e satisfação do cliente. A adaptação às necessidades e preferências do cliente ao longo do processo de desenvolvimento faz com que as expectativas fiquem mais alinhadas.

Maior controle do projeto

As equipes que usam metodologias ágeis conseguem controlar melhor o tempo do projeto e seu desenvolvimento, já que todos sabem qual o estágio das tarefas e o que os outros colaboradores estão fazendo. 

Riscos reduzidos

A metodologia ágil elimina as chances de falha absoluta do projeto e dá liberdade quando novas mudanças precisam ser implementadas. 

Retorno de investimento mais rápido

O fato de o desenvolvimento ágil ser iterativo significa que os recursos são entregues de forma diluída, então os benefícios são percebidos cedo –  enquanto o produto está em processo de desenvolvimento. 


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