Quem nunca teve a impressão de que nunca usaria o que estava aprendendo na escola na vida que atire a primeira pedra. Claro que tudo (sério, tudo) é importante, mas existem alguns pontos que não aprendemos no ensino básico e que precisamos usar muito na vida. É por isso que hoje vamos falar sobre planejamento financeiro nas escolas. E, bom, uma coisa é certa: todo mundo vai ter que aprender a lidar com o dinheiro – então quanto mais cedo, melhor! Saiba aqui um pouco mais sobre a educação financeira nas escolas:
O que é educação financeira?
As aulas de educação financeira ensinam aos alunos os conceitos básicos de gerenciamento de dinheiro: orçamento, poupança, dívida, juros, investimento, impostos e muito mais. Esse conhecimento estabelece uma base para que os alunos construam bons hábitos com o uso de dinheiro e evitem muitos dos erros que podem percorrer toda a vida.
A educação financeira também abrange a parte prática: gestão de dívidas, estratégias de investimento eficientes e valor do dinheiro-tempo. O analfabetismo financeiro pode levar a más escolhas financeiras que podem ter efeitos negativos no bem-estar financeiro de um indivíduo.
Os principais passos para melhorar a alfabetização financeira incluem:
- Aprender as habilidades para criar um orçamento
- Capacidade de controlar despesas
- Aprender as estratégias para pagar dívidas
- Planejar a aposentadoria de forma eficaz
Essas medidas também podem incluir aconselhamento financeiro especializado. Educar sobre finanças envolve entender como o dinheiro funciona, desenvolver e alcançar metas financeiras e lidar com desafios financeiros internos e externos.
Qual é o principal objetivo da educação financeira?
O principal objetivo da educação financeira é promover um bem-estar financeiro ao longo da vida. Ela ajuda as pessoas não só a economizar, mas também a usar o dinheiro de maneira inteligente para realizar seus sonhos e conquistar metas a longo prazo. Isso inclui desde a compra de uma casa, planejamento de aposentadoria até investimentos que possam garantir uma segurança financeira.
Educação financeira visa capacitar indivíduos com o conhecimento e as ferramentas necessárias para tomar decisões financeiras informadas. Isso é crucial em um mundo onde a responsabilidade financeira pessoal é cada vez maior e as opções de investimento e financiamento são cada vez mais complexas.
Quanto mais cedo isso acontecer, melhor. Muitas pessoas adquirem dívidas ainda jovens e vão levando por anos. A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, que mede o percentual de famílias endividadas (com dívidas em atraso ou não) no Brasil bateu um recorde no final do ano passado, chegando a 74,5%.
Além disso, uma pesquisa feita em 2021 pela empresa Leve e divulgada nesta matéria do Estadão mostrou que 52% dos entrevistados não possuem ou não sabem como montar um planejamento financeiro para os próximos anos. E tem mais: 46% disseram que não se sentem confiantes para estabelecer metas de longo prazo.
Segundo os especialistas que deram entrevista para a matéria, esses números são reflexo da falta de educação financeira básica que existe no Brasil. É evidente que a falta de educação financeira pode levar a uma série de problemas, como endividamento excessivo, falta de poupança para emergências e aposentadoria inadequada.
A Importância da Educação Financeira nas Escolas
A inclusão da educação financeira nas escolas é um passo fundamental para preparar as futuras gerações para lidar com os desafios econômicos da vida adulta. Este conhecimento é essencial para que os alunos desenvolvam uma compreensão sólida sobre a gestão do dinheiro e tomem decisões financeiras informadas e responsáveis.
Benefícios da Educação Financeira nas Escolas
- Formação de Hábitos Saudáveis: Ao aprender sobre finanças desde cedo, os alunos são incentivados a desenvolver hábitos saudáveis de poupança, orçamento e investimento. Isso pode resultar em uma vida financeira mais estável e menos propensa a endividamentos excessivos.
- Prevenção de Erros Comuns: Muitos problemas financeiros que os adultos enfrentam poderiam ser evitados com uma educação financeira adequada. Ensinar conceitos como juros compostos, crédito responsável e planejamento para aposentadoria pode prevenir erros comuns e suas consequências de longo prazo.
- Desenvolvimento de Competências Práticas: A educação financeira não se limita apenas à teoria. Ela também envolve atividades práticas, como a criação de orçamentos, a compreensão de extratos bancários e a realização de simulações de investimentos. Essas competências práticas são valiosas para a vida cotidiana.
- Promoção da Independência Financeira: Equipar os alunos com o conhecimento necessário para gerenciar suas finanças promove a independência e a autossuficiência financeira. Eles serão capazes de tomar decisões informadas sem depender de terceiros para orientações financeiras básicas.
Impacto na Sociedade
A implementação da educação financeira nas escolas pode ter um impacto significativo na sociedade como um todo:
- Redução da Inadimplência: Com um melhor entendimento sobre o uso responsável do crédito e a importância de pagar contas em dia, espera-se uma redução nas taxas de inadimplência.
- Aumento da Poupança Nacional: Ao incentivar a poupança desde cedo, há uma tendência de aumento nos níveis de poupança nacional, o que pode fortalecer a economia do país.
- Menor Dependência de Serviços de Assistência Financeira: Indivíduos bem informados são menos propensos a precisar de serviços de assistência financeira, como consultorias de dívidas, o que pode aliviar a carga sobre essas instituições.
Implementação de Programas de Educação Financeira
Para que a educação financeira seja eficaz, é necessário um currículo bem estruturado que aborde os principais temas financeiros de maneira acessível e prática. As escolas devem considerar:
- Parcerias com Instituições Financeiras: Colaborações com bancos e outras instituições financeiras podem fornecer recursos e especialistas para ajudar na educação dos alunos.
- Uso de Tecnologia: Ferramentas digitais e aplicativos podem tornar o aprendizado mais interativo e envolvente.
- Capacitação de Professores: Professores bem treinados são essenciais para ensinar esses conceitos de maneira eficaz. Programas de capacitação podem prepará-los melhor para essa tarefa.
Incorporar a educação financeira nas escolas é uma medida essencial para assegurar que as futuras gerações estejam bem preparadas para lidar com os desafios financeiros da vida. Esta educação não só beneficia os indivíduos, mas também fortalece a economia e a sociedade como um todo, criando uma base sólida para um futuro mais próspero e financeiramente estável.
O que fazer para ter educação financeira? Veja 4 dicas avassaladoras
- Entenda sua situação financeira atual
Chegou a hora de colocar tudo no papel: quanto você ganha, quanto você gasta, quais são suas dívidas, quanto você precisa para tirar os planos do papel. Nós indicamos colocar tudo isso em uma planilha e adicionar tudo bem detalhado. Inclua todos os seus gastos – fixos e variáveis, como contas de luz, de água, de cartões de crédito, entre outros. Assim você vai ter um panorama muito mais claro sobre o que tem/ onde tem que gastar menos, etc. - Metas de curto e longo prazo
Agora você já tem um ponto de partida para sua jornada rumo à liberdade financeira. A próxima etapa é descobrir para onde você está indo. Definir metas sólidas te dá direção e clareza ao tomar decisões sobre suas finanças. Mesmo que você apenas queira economizar, defina uma meta a longo prazo para essa economia, com prazo. Mesmo que dure um ano – pense em juntar uma quantidade de dinheiro por esse tempo. Essa meta vai te manter motivado a chegar ao objetivo final. Já as metas a curto prazo vão alimentar a sua confiança no processo, então você pode “dividir” sua meta final em pequenas metas. - Faça um curso sobre Educação Financeira
Buscar informação de qualidade sobre Educação Financeira é super importante. Só assim você poderá fazer escolhas mais conscientes acerca do dinheiro e poderá começar a planejar melhor a sua vida financeira. Para a maioria das pessoas, a educação financeira nas escolas não aconteceu, então é muito importante buscar esse conhecimento na vida adulta. Na Certificação Profissional – O Processo de Planejamento Financeiro Pessoal e Familiar, desenvolvido pela Escola de Gestão da Galícia Educação, você irá entender como funciona e a importância do processo de planejamento financeiro – e nele você aprenderá como entregar soluções eficientes em uma gama de atividades. O curso de 30 horas conta com assuntos como: Fundamentos de Estatística e Finanças; Etapas do Planejamento Financeiro; Definição de Objetivos e Projeções Financeiras; Orçamento e Fluxo de Caixa; Crédito e Endividamento e muito mais. Além disso, nele você aprende com quem sabe (e muito): Paula Bazzo é Head de Educação na Super Rico. Mentora na Finep e ONU em programas de estímulo à participação das mulheres nos negócios. Formada em Relações Internacionais, Administração e Psicologia, certificada em Planejamento Financeiro CFP®. - Crie um fundo de emergência
Já demos essa dica nesse artigo anteriormente, mas vale repetir: não importa o quão “preparado” você pense que está, sempre há uma chance de que algum custo inesperado venha e o tire do chão (a pandemia é um grande exemplo). Os fundos de emergência protegem você contra doenças inesperadas, perda repentina do emprego ou apenas uma conta que você se esqueceu de pagar no mês anterior. Dica: mesmo que o valor exato de um fundo de emergência dependa de você, o recomendado é que ele consiga cobrir cerca de 3 meses de suas despesas fixas. Ele é ainda mais importante se você é trabalhador freelancer, então também é bom economizar o suficiente para cobrir despesas variáveis, como entretenimento e alimentação.
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1 Comentário
Boa noite prezados,
Sou o Diego, pesquisando sobre educação financeira e encontrei a Galícia Educação, a propósito muito bem escrito!
Gostaria de entender melhor como estão implementando a Educação Financeira na sala de aula, principalmente do ensino fundamental II e ensino médio?
Fico no aguardo, obrigado!