Pois é, não dá mais pra adiar. Precisamos falar sobre educação financeira (e isso é urgente!).
O assunto, muitas vezes tratado com superficialidade e resumido em “como lidar com o cartão de crédito”, é na verdade muito mais profundo. A educação financeira pode transformar não só a sua relação com o dinheiro, mas também todo um planejamento de vida.
Saiba um pouco mais sobre ela aqui:
O que é Educação Financeira?
A educação financeira envolve a compreensão de alguns conceitos básicos sobre economia (como por exemplo: investimentos, poupanças, taxas, dívidas, entre outros) e sua aplicação na vida real. Tendo conhecimento sobre o assunto, tomamos decisões mais “sábias” e saudáveis quando se trata de dinheiro.
Segundo a OCDE (2005), educação financeira é “o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim, podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis, comprometidos com o futuro”.
Então olha só: a educação financeira não serve só para assuntos complicados que envolvem vários números, dados e estatísticas. Ela é também sobre o cotidiano e nossa relação com o dinheiro, sobre aprender a lidar com ele de uma forma saudável.
Qual a importância da Educação Financeira?
O descontrole financeiro, apesar de muito comum, tem sérias consequências e pode impedir que as pessoas consigam concretizar seus planos e sonhos.
Quem tem uma educação financeira bem estruturada consegue ter um estilo de vida muito mais tranquilo – e uma das consequências também é fazer seu dinheiro render mais.
Até porque saber sobre finanças não é apenas aprender a cortar gastos, economizar e guardar dinheiro, é mais do que isso. É assegurar qualidade de vida no presente e no futuro, proporcionando segurança financeira para eventuais imprevistos e acima de tudo, aproveitando os prazeres da vida sem ter que abrir mão de nada.
Com educação financeira, por exemplo, você entende a maneira mais eficaz de alocar a sua renda em vários objetivos simultaneamente e não usa o dinheiro apenas para pagar as contas fixas.
Ela também ajuda a entender os riscos e reconhecer as oportunidades que estão ao alcance de cada um ao longo do caminho, saber qual é a hora de poupar e qual é a hora de investir.
Principais problemas causados pela desinformação financeira
Não ter uma boa educação financeira nos deixa mais vulneráveis para cair em várias armadilhas, como por exemplo:
- Acúmulo de dívidas;
- Falta de crédito no mercado;
- Falência;
- Execução de bens;
- Incapacidade de realizar planejamento a longo prazo;
- Entre outras situações negativas que vêm de decisões e de gastos inadequados.
Infelizmente, o panorama no Brasil não é nada bom. Em 2019 foi realizada a Pesquisa Global de Educação Financeira da divisão de ratings e pesquisas da Standard & Poor’s para “medir” a educação financeira dos países. O Brasil ficou na 74ª posição, atrás de alguns dos países mais pobres do mundo como Madagascar, Togo e Zimbábue.
Além disso, segundo a PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) cerca de 66,5% dos brasileiros estão com dívidas.
E pode parecer que não, mas o endividamento do brasileiro também é passado de geração para geração. Segundo o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), hoje em dia quase 6,3 milhões de jovens entre 18 e 24 anos estão negativados no mercado – isso é fruto de uma cultura de consumo desenfreada e baixo entendimento sobre educação financeira.
Esse é um cenário em que o analfabetismo financeiro prejudica muito a população. Índices altos de dívidas não são bons para ninguém e podem limitar as ofertas de financiamento dos bancos (o que acarreta uma série de outros impedimentos para o desenvolvimento de uma sociedade).
Foco na educação de base
Se você já teve uma dúvida financeira básica e se viu com um pensamento de “mas por que eu não aprendi isso na escola?”, saiba que ele é muito comum. É por isso que recentemente o Ministério da Educação e a CVM (Comissão de Valores Imobiliários) fizeram uma parceria para começar a implantar esse tipo de educação no ensino público do Brasil.
A ideia é capacitar mais de 500 mil professores por meio de um programa de educação continuada para que eles possam transmitir ensinamentos sobre empreendedorismo e finanças.
O programa começa esse mês e espera levar educação financeira para cerca de 20 milhões de alunos (em especial dos últimos anos do ensino fundamental). Entre as temáticas a serem discutidas no programa estão: formação de poupança, consumo consciente, orientação a investimentos e proteção contra fraudes financeiras.
Dicas e Benefícios da Educação Financeira
Aqui neste artigo reunimos algumas dicas para te ajudar a organizar as finanças, entender para onde o dinheiro está indo e, o principal: não se deixar levar pelas armadilhas do consumo. Confira:
- Conheça os seus gastos
Coloque em uma planilha ou mesmo em um papel todo dinheiro que entra e também todo dinheiro que sai. Liste suas contas fixas e não deixe de lado nenhuma delas, todas geram algum impacto na soma total.
- Gaste menos do que se ganha
Sabemos que cada um tem tipos diferentes de compromissos financeiros e que falar é muito fácil. Mas pensando nisso, o Banco Central recomenda que sua renda seja dividida em três partes:
- 50% – Contas Fixas
- 30% – Gastos Variáveis
- 20% – Poupe para investir em seus sonhos
Não é uma regra, pessoas possuem necessidades diferentes, mas essa divisão não costuma falhar.
- Defina metas e objetivos
Você já conseguiu tirar algum sonho do papel? O que foi necessário para chegar lá?
Essa dica consiste em se organizar para alcançar a tão sonhada viagem, a sua casa própria ou trocar o carro que já fazia parte dos seus planos há anos. Seja organizado e realista para traçar os seus objetivos e metas e vá em frente.
- Aposentadoria
Pode parecer distante, mas envelhecer com qualidade e independência deve fazer parte de suas metas, por mais que seja a longo prazo. Tornar a aposentadoria um investimento desde cedo te dá segurança e conforto para envelhecer com tranquilidade.
- Reveja os seus hábitos
Para colocar essa dica em prática é preciso ser muito honesto com você mesmo, sabe aquele frio na barriga toda vez que temos que encarar nosso extrato bancário? Pois é, crie o hábito de analisar o que te traz alegria momentânea, mas ao mesmo tempo, mais dívidas no final do mês. Entenda a partir disso quais despesas são necessárias.
- Tenha uma reserva de emergência
O futuro é imprevisível! É sempre bom ter uma reserva para algum acontecimento inesperado. Os empréstimos estão com juros cada vez mais altos e ter uma reserva evita que você precise contar com eles.
- Pesquise sempre
Está precisando comprar qualquer coisa? Pesquise! O mercado varia diariamente, as oportunidades estão aí para quem quer abraçá-las. Aproveite ao máximo os recursos que a internet nos disponibiliza, compare preços e faça o melhor negócio!
- Use a tecnologia a seu favor
Aqui neste artigo listamos uma série de aplicativos que podem ajudar no seu controle financeiro gerenciando seus gastos e até dando dicas de investimentos. Encontre o que você mais se identifica e comece a usar!
A partir dessas dicas, deu para ter uma ideia da importância da educação financeira, não é mesmo? Mas existem outros recursos que vão aumentar e enriquecer ainda mais o seu conhecimento sobre o assunto. Aqui na Galícia Educação, por exemplo, os nossos cursos contam com profissionais capacitados e alinhados com o mercado que irão te fazer ir além.
Além disso, usamos métodos de ensino que te ajudam a aplicar o que você aprendeu em vários aspectos da sua vida na prática. Conheça nossas soluções educacionais e inscreva-se na nossa newsletter para receber mais informações e conteúdos como este aqui!