Há algumas décadas, fazer qualquer tipo de investimento era uma atitude vista como reservada a economistas, consultores financeiros e bancários. Porém, hoje o cenário mudou bastante e muitas pessoas “leigas” começaram a se interessar no assunto de forma orgânica.
Falar sobre investimento está em alta e é muito comum nos depararmos com esse tipo de conteúdo na internet. Isso reflete também no perfil dos investidores brasileiros, que recuou quase 11 anos entre 2016 e 2021, segundo essa matéria publicada no Estadão.
Quer saber mais sobre como investir, quais tipos de investimento existem e qual é o ideal para você? Continue lendo este artigo, vamos explicar tudo isso e dar algumas dicas para você conseguir entrar nesse universo!
O que são e quais os principais tipos de investimento?
Antes de tudo, vale lembrar que para investir você não precisa ser um especialista, porém é importantíssimo ter uma noção do que você está fazendo.
Bom, agora vamos lá: quando falamos sobre investimento financeiro, estamos basicamente falando sobre aplicar certa quantia de dinheiro para que ele produza rendimentos futuramente. E esse rendimento é efeito dos juros compostos, que, basicamente, é o famoso “juros sobre juros”.
O mecanismo do investimento é bem parecido com o de uma dívida. Vamos supor que o valor da dívida seja X, então X é multiplicado por ele mesmo ao longo de um período. E o valor final depende diretamente do tempo em que o valor ficou sob os efeitos dos juros compostos.
Mas atenção, antes de investir, é imprescindível entender como funcionam as modalidades de investimento, que são renda fixa e renda variável. Em ambas, há riscos e vantagens. Vamos entender mais!
Tipos de investimento: renda fixa
Os investimentos de renda fixa são aqueles em que a taxa de retorno é definida no ato da contratação, quando todos os critérios, como carência, vencimento, tempo mínimo de investimento e taxa de rentabilidade, são previamente apresentados.
De uma maneira geral, todos os investidores podem optar pela renda fixa, tendo em vista que são investimentos com baixo risco e mais seguros. A renda fixa é dividida em três categorias:
- Renda fixa prefixada
Nessa categoria, o investidor já sabe qual será o rendimento, porque as condições não são alteradas na vigência do período de investimento. Ele apresenta uma porcentagem fixa ao longo do tempo de aplicação.
Exemplos de renda fixa prefixada: Tesouro Direto, letras de crédito e CDBs prefixados.
- Renda fixa pós-fixada
Na renda fixa pós fixada, é utilizado um indicador ou índice de mercado (como a taxa Selic, IPCA, CDI, entre outros) para calcular a rentabilidade diária. Ou seja, quando a taxa sobe, sua aplicação renderá mais, mas quando ela cai, haverá um rendimento menor do que no dia anterior.
Aqui é importante entender que a renda fixa pós-fixada, mesmo levando em conta todas as variações, é classificada como renda fixa. Porque, no ato da contratação, o investidor é apresentado a todas as condições, como data de vencimento e qual será o indexador de rentabilidade.
Exemplos de renda fixa pós-fixada: Tesouro Selic, CDB, Tesouro IPCA, debêntures, LCI e LCA.
- Renda fixa híbrida
A renda fixa híbrida, como o mesmo nome diz, é o “cruzamento” da renda fixa pós-fixada com a renda fixa prefixada. Esse investimento possui uma taxa fixa prefixada, mas também tem o acréscimo da variação que se acumula por conta da inflação do período.
A composição da taxa de rentabilidade híbrida é formada por uma parte fixa e outra variável, como por exemplo: 6,0% + IPCA.
Exemplo de renda fixa híbrida: Tesouro IPCA+
Tipos de investimento: renda variável
Como o próprio nome sugere, os investimentos em renda fixa variável variam. Não há garantia de ganhos ou mesmo devolução dos valores. Tais investimentos costumam ter um risco maior, e a rentabilidade varia conforme o andar do mercado.
O grande lance do investimento em renda variável é a consciência do fato de que, com a desvalorização do mercado, você perde dinheiro. Mas, por outro lado, os ganhos são maiores do que os da renda fixa – e, por isso, são considerados investimentos de risco.
São exemplos de renda fixa variável: câmbio, ações de empresas, ouro, fundos de ações e fundos imobiliários.
Os fatores que influenciam esse tipo de investimento incluem também políticas nacionais e decisões internas das empresas que têm ações disponíveis no mercado.
Renda Fixa X Renda Variável: Principais Diferenças
Antes de investir o seu dinheiro, tenha em mãos todas as informações da maneira mais clara possível, porque, afinal, é o seu dinheiro que está em jogo! E, para te ajudar nessa empreitada, vale a pena dar uma conferida nessa tabela:
Renda Fixa | Renda Variável | |
Exemplo de Aplicações | CBDs, Poupança, Tesouro Direto, LCI e LCA | Fundos Imobiliários, Ações e Criptomoedas |
Indicador de Rendimento | Sim | Não |
Tipo de Risco | Baixo | Médio a Alto |
Rentabilidade | Regular | Variável |
Possibilidade de Rendimento Negativo | Não | Sim |
Para quem quer rentabilidade garantida e segurança (ao longo do tempo), a renda fixa é aconselhável. Já para quem busca ganhos maiores, mas arriscando mais, a renda variável é indicada. Sem deixar de lado a possibilidade de diversificar os seus investimentos.
Quais são os principais perfis de investidor?
Na instrução nº 539, a CMV (Comissão de Valores Imobiliários) “dispõe sobre o dever de verificação da adequação dos produtos, serviços e operações ao perfil do cliente”.
E é por esse motivo que grande parte das instituições financeiras analisa o perfil do investidor por meio de questionários muito detalhados (que devem ser respondidos com muita sinceridade).
A Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) definiu que há três principais perfis de investidor: conservador, moderado, arrojado ou agressivo. Vamos falar um pouco sobre cada.
- Conservador
O perfil conservador possui uma certa aversão ao risco, fazendo com que o dinheiro seja investido em aplicações com baixo ou nenhum risco.
- Moderado
Esse investidor não é 100% avesso ao risco, até aceita assumir alguns para ganhar mais, mas, em contrapartida, está sempre preocupado com a segurança.
- Arrojado ou Agressivo
Investidores com esse perfil estão dispostos a tudo! Não temem os riscos para ter maior rentabilidade em suas aplicações.
Guia para investidores iniciantes: comece a investir em 8 passos
Por onde começar? Qual aplicação rende mais? Dá pra investir pouco dinheiro? Se ainda falta um pouco de segurança para que você comece a investir, trouxemos um guia para investidores iniciantes de uma forma descomplicada e direta.
- Planejamento Financeiro
A partir do planejamento financeiro, é possível mapear as suas finanças. Veja mais aqui.
- Defina quais são os seus objetivos
Ao definir quais são os seus objetivos, eles servirão de motivação.
- Dívidas: livre-se delas
Antes de fazer qualquer investimento, negocie as suas dívidas.
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- Reserva de Emergência
Todo bom investidor deve estar preparado para qualquer eventualidade que possa surgir.
- Diversifique os seus investimentos
Quando se aplica dinheiro em vários ativos, o objetivo é sempre ter bons rendimentos, independente das condições atuais de mercado.
- Disciplina e paciência
Sempre priorize os seus objetivos, alcance o controle de si mesmo, evitando tomar decisões emotivas e momentâneas.
- Não deixe de acompanhar os seus investimentos
Principalmente quando for renda variável, é necessário acompanhar suas aplicações de perto, fazendo uma análise dos resultados.
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