Quando o assunto é investimento, suas siglas, práticas e seus termos parecem complicados demais. Então quem não tem conhecimento pode ficar um pouco perdido logo de cara. Mas calma, aqui neste artigo vamos desmistificar de forma simples e clara o que significa a sigla ESG e qual é a sua importância.
ESG são fatores que têm grande influência no valor de uma companhia. Além de ajudar a identificar quais são as empresas que estão apostando em modelos de negócios para um futuro promissor e competitivo.
Assim, entenda como funciona e fique por dentro dessa nova forma de gerir que está em alta no mercado de investimentos.
O que é ESG?
A sigla ESG surgiu há mais de uma década e tem ganhado o mercado financeiro. Do inglês, significa “Environmental, Social and Governance” – e a tradução para o português é “Ambiental, Social e Governança”.
Eles têm estado cada vez mais em evidência porque são critérios que passaram a ser pautados quando o assunto é investimento.
Em 2004, o então secretário Geral da ONU, Kofi Annan, a fim de obter respostas das companhias sobre como integrar os fatores de ESG ao mercado de capitais, provocou 50 CEOs de instituições financeiras do mundo inteiro para que eles incluíssem em suas análises de investimentos a integração de critérios ambientais, de finanças, sociais e de governança.
Então, se olharmos os investimentos apenas pelo ponto de vista econômico, falta uma parte da gestão da companhia como um todo. Foi essa provocação às instituições que fez com que o mercado se movesse em direção à sustentabilidade na prática.
Isso quer dizer que o mercado financeiro começou a olhar para a maneira como as companhias atuam em cada um desses fatores.
Então, a base dos ESG é formada por três pilares: ambiental, social e de governança – e dentro de cada fator há critérios que são considerados. Mas vale lembrar que em cada um deles há tópicos que não são necessariamente válidos para todos os segmentos.
Dessa forma, entenda melhor o que cada um deles significa a seguir.
Environmental (em português, Ambiental)
Os critérios do pilar ambiental do ESG têm como objetivo analisar fatores que estão relacionados com o impacto do negócio no meio ambiente, sendo eles positivos ou negativos. Tais critérios incluem:
- Uso de fontes renováveis;
- Emissões de gases de efeito estufa;
- Eficiência energética;
- Problemas de poluição decorrentes de suas operações;
- Desmatamento;
- Gestão de resíduos e logística reversa;
- Boas práticas de biodiversidade.
Empresas com boas práticas de ESG também contam com projetos como a plantação de árvores e gestão de redução de resíduos, por exemplo. Dessa forma, acabam ganhando maior destaque entre outras companhias que não as exercem ainda.
Social
O que se inclui dentro do Social é qual impacto a companhia tem na comunidade em que está inserida, com pessoas, clientes, fornecedores e com seus funcionários.
O Social é como funciona a gestão do capital humano, ou seja, como ela garante o equilíbrio de interesse entre todas as partes interessadas.
A análise desse pilar consiste em determinar o quanto a empresa está engajada em termos de responsabilidade social, se há histórico de problemas de saúde e de segurança com os seus colaboradores, ou mesmo a violação de seus direitos humanos.
Empresas que se dedicam a manter uma ética de trabalho clara e justa, buscando estar integrada com a comunidade local, com uma “licença social” para operar com o consentimento da mesma, trazendo benefícios e respeitando a sua cultura, tendem a aumentar a visibilidade para seus potenciais investidores.
Assim, alguns dos fatores que determinam a avaliação do S são:
- Respeitar os direitos humanos e as leis trabalhistas;
- O quão satisfeitos seus clientes estão;
- Diversidade em sua equipe;
- Engajamento de seus colaboradores;
- Relacionamento com a comunidade que está inserida.
Governance (Em português – Governança)
A governança é o pontapé inicial para a integração da ESG em uma companhia. É o fator que mais chama atenção por ser a forma como é feita a gestão da companhia, são as políticas e as práticas pelas quais as empresas são direcionadas, governadas e geridas.
O G refere-se a todo um conjunto de regras e princípios que definem direitos, responsabilidade e expectativas entre todas as partes interessadas na gestão de uma empresa.
Quando bem definida, é capaz de alinhar e definir interesses entre todos os setores, tornando-se uma ferramenta fundamental para a implantação da ESG a curto e a longo prazo.
Práticas que são bem avaliadas na Governança são:
- Independência do Conselho;
- Investir em um comitê de auditoria estruturado;
- Boa conduta corporativa;
- Canal de denúncias;
- Valorização de seus executivos;
- Manter uma boa relação com entidades do governo e com políticos;
- Inclusão da diversidade.
Como funciona o ESG?
Para colocar o ESG em prática no dia-a-dia é importante medir os impactos sociais e ambientais que a operação gera hoje e a partir disso estruturar uma agenda, levando em conta fatores externos que causam impactos no presente e podem causar no futuro.
Trabalhar com o fatores ESG é para todas as empresas, não se limita apenas a grandes companhias.
O ESG é sinônimo de boa gestão e de mitigação de risco, e isso vale para qualquer empresa, desde as que estão começando agora até para as gigantes do mercado – quanto antes houver a incorporação dos fatores na gestão, mais sólido será o crescimento.
É preciso ter em mente que o desenvolvimento e a gestão do ESG não é do dia para a noite, requer uma jornada para que se entenda o que é importante e significativo para o negócio, estabelecendo metas para evoluir. E olha só, há muitas formas de se fazer que são inspiradoras!
A ESG é uma cultura que deve permear toda empresa, é muito mais do que um conjunto de práticas de uma área específica, tem a ver com a visão de longo prazo, olhar para os stakeholders (partes interessadas) e estabelecer resultados a serem alcançados, considerando a forma que essas equipes fazem parte dessa construção, sempre levando em conta os impactos sócio-ambientais dessa agenda.
Como identificar uma empresa ESG
As instituições têm demonstrado interesse cada vez maior em levar esses dados aos investidores. Isso acontece porque os investidores perceberam que empresas com agendas ESG agregam cada vez mais valor econômico, além de beneficiar positivamente a imagem delas.
Anualmente algumas empresas que são engajadas na causa publicam seu relatório anual, onde conseguimos visualizar quais foram as atitudes que tiveram, levando em conta as práticas de ESG. Divulgam além dos resultados econômicos, mas também quais foram os projetos no campo da sustentabilidade de maneira detalhada.
As mídias sociais são veículos muito utilizados e eficientes para acompanhar as práticas de EGS das companhias – e também quais foram as suas omissões! É uma maneira de estar sempre atualizado e de atualizar sobre os problemas que são a base: ambiental, social e de governança.
Qual a sua importância?
Segundo matéria publicada recentemente pela revista Forbes, até 2020 não se levava muito em conta as tendências a longo prazo, mas elas ganharam um ritmo muito maior desde então, fazendo com que líderes repensem em antigas práticas e passem a elaborar um novo acordo social pautado na sustentabilidade.
Tal acordo tem a finalidade de ajudar as pessoas e empresas a lidarem com as mudanças tecnológicas, pautadas em práticas de ESG que proporcionam avanços gigantescos.
Segundo Marcelo Nantes, superintendente de gestão de fundos da Bradesco Asset Management, “elas tendem a ter um negócio mais bem estruturado e uma qualidade superior de gestão, o que leva a um melhor desempenho sob o aspecto financeiro” – referindo-se a companhias que aderiram aos fatores ESG com práticas sustentáveis as suas rotinas diárias.
A Galícia Educação, por exemplo, já nasceu alinhada com as boas práticas do ESG em sua cultura, sendo um modelo de negócio competitivo para o futuro. Por conta disso, estamos constantemente preocupados com a Preservação Ambiental, Desenvolvimento Social (Interno e Externo) e a total transparência na Governança da Empresa.
Como investir?
Está cada vez mais claro que o interesse dos investidores e consumidores em tópicos relacionados a ESG veio para ficar. Com base nisso, veja aqui 3 etapas práticas para investir no desempenho ESG.
- Integre o ESG em sua estratégia de negócios: Os investidores querem saber como as empresas estão respondendo às tendências macroeconômicas, como identificam riscos e oportunidades ESG e como estão se posicionando para o sucesso no longo prazo.
- Entenda suas classificações ESG: Tanto os investidores privados quanto institucionais consultam regularmente as classificações ESG para informar sua tomada de decisão. Com isso em mente, é essencial melhorar o desempenho de suas classificações ESG ano a ano.
- Definir metas e alinhar equipes: O diálogo e a visão a longo prazo se tornaram indispensáveis na implementação da agenda ESG nas empresas. Organizar a equipe e alinhar as expectativas e os projetos são muito importantes para as cadeias de valores produtivos.
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E mais uma dica: para conseguir implementar na prática ações como essa, conheça também os cursos da Galícia Educação. Todos eles são criados com metodologias modernas de aprendizagem que garantem um aproveitamento enorme por parte dos alunos.
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