Para entender o que é e como funciona o Design Thinking em primeiro lugar é preciso ter em mente que ele não é um método, mas sim uma abordagem. Nos últimos anos surgiram termos em inglês que podem ser assustadores logo de cara, mas são mais simples do que se imagina.
Com o design thinking não é diferente. Vamos mostrar aqui qual é a sua finalidade e como ele ajuda (e muito) as gigantes do mercado – e está cada dia mais presente nas pequenas e médias empresas.
O que é design thinking?
No ano de 1969, o termo design thinking foi mencionado pela primeira vez por Herbert A. Simon, no livro “The Sciences of the Artificial”. Ali, o escritor contribuiu com muitas ideias para que surgissem os primeiros princípios.
Anos depois, duas grandes personalidades bem conhecidas no Vale Silício – David Kelley (professor da Universidade de Stanford e fundador da consultoria de inovação IDEO), e seu colega, Tim Brown (atual CEO da IDEO, e autor do best-seller “Change by design”), começaram a disseminar a abordagem que era utilizada na IDEO – e que, por sinal, deu muito certo.
A abordagem utilizada pelos colegas para resolver os seus problemas começou a ganhar notoriedade. Mas afinal, o que é design thinking?
Baseada no processo cognitivo que os designers necessitam, o design thinking é uma abordagem que tem o intuito de resolver problemas e também desenvolver produtos. Tal conceito surgiu para revolucionar a forma de encontrar soluções inovadoras para os mesmos problemas de sempre.
Nessa abordagem, as soluções do design thinking são mais criativas e sempre focadas nas necessidades reais que estão em falta no mercado e na experiência do usuário, e não mais em hipóteses estatísticas.
Como funciona e onde aplicar?
O design thinking é focado na solução de problemas, e para isso, de maneira coletiva e colaborativa busca ter um olhar regado à muita empatia com as pessoas que são as maiores interessadas em tal solução – tanto o consumidor final, quanto todos que estão envolvidos na ideia.
A razão pela qual empresas colocam em prática o design thinking é buscar a satisfação do seu cliente, e nesse sentido, isso só pode ser alcançado caso os desejos, percepções e necessidades sejam entendidas.
O modelo de Design Thinking com cinco estágios, proposto pelo Hasso-Plattner Institute Of Design em Stanford (d.School), consiste em:
1 – Criar empatia
Nessa primeira etapa é hora de criar uma compreensão empática sobre o problema. Entender quais são as necessidades de todos que estão envolvidos, desde consumidores à funcionários. É preciso entender de fato as experiências e motivações para que se possa chegar em uma solução.
2 – Definir o problema
Para definir realmente qual é o problema, é necessário reunir as informações que foram coletadas na etapa anterior. A partir disso, será feita uma análise das observações e assim vai ser possível sintetizá-las, definindo quais são os problemas centrais, lembrando que o ser humano é o centro do processo.
3 – Idealizar
Durante essa etapa, os designers estão preparados para que as ideias comecem a ser criadas. Já foram entendidos quais são os anseios das pessoas envolvidas, analisadas e sintetizadas as observações que foram feitas. Agora, chegou a hora de definir e “pensar fora da caixa” para que as novas soluções sejam definidas.
4 – Protótipo
A equipe de designers nessa etapa passará a produzir uma série de versões a uma menor custo do produto ou recurso desenvolvido para resolver o problema. Os protótipos podem ser compartilhados e testados dentro da equipe ou fora dela. Vale lembrar que essa é uma fase experimental, e o objetivo é identificar a melhor solução possível.
5 – Teste
Os designers e avaliadores testam rigorosamente o que foi criado, usando as melhores soluções encontradas na etapa do Protótipo. Sendo a fase final, os resultados colhidos anteriormente são usados para redefinir caso sejam encontrados problemas. Aqui podem ser feitas alterações e refinamentos a fim de buscar a melhor experiência para o usuário o quanto antes.
Quais são os problemas resolvidos com design thinking?
Nessa abordagem, as pessoas estão no centro do processo de desenvolvimento dos produtos. Também é muito comum que o trabalho seja desenvolvido por equipes multidisciplinares, para que cada representante exponha suas necessidades e ideias.
Para que a busca da solução do problema seja mais eficaz, o processo consiste em mesclar e mapear experiências culturais, misturando e entendendo a visão de mundo de cada um. Dessa forma, fica mais fácil identificar quais são as barreiras e criar alternativas que sejam viáveis para o produto ou serviço.
A partir de um levantamento real das necessidades do consumidor, a satisfação do cliente se torna mais palpável. E isso pode ser aplicado em qualquer negócio de forma variada. Nas empresas, é utilizada para solucionar problemas dos mais variados possíveis, independentemente de sua natureza ou proporção.
5 Passos práticos para aplicar o Design Thinking
Essa abordagem ajuda as empresas a entender melhor as pessoas, criando produtos que sejam mais relevantes e desejados por elas. Conheça alguns passos que vão clarear as suas ideias e te ajudar nessa:
1 – Utilize uma matriz CSD
Matriz CSD é uma ferramenta estratégica que ajuda na definição de certezas, suposições e dúvidas. Ao iniciar um projeto, esse será o primeiro documento a ser produzido para que toda a equipe fique por dentro de tudo.
2 – Entrevistas
Ir à campo para entender qual é a dinâmica do espaço e das pessoas que são fortes candidatas a consumir o produto ou o serviço. Nas entrevistas é onde surgem os melhores insights acerca do problema, e a partir daí, as melhores soluções.
3 – Desk Research (Pesquisa documental)
Procure publicações, artigos, livros e informações em relação ao tema. Essa parte de pesquisa geralmente é feita pela internet. Essa ferramenta pode parecer simples, mas é extremamente valiosa.
4 – Workshop de Criação
A integração de pessoas de diversas áreas, com diferentes repertórios e formações são essenciais para a geração de soluções.
5 – Prototipagem
Nesse passo é onde aparecem os famosos “post-its”, a redução de custos é muito importante, então nessa etapa é desenhado de forma simples e objetiva a experiência que o usuário teve até então de forma recorrente.
O mercado atual evoluiu muito, e suas exigências também. Hoje ele exige que sejamos capazes de enxergar as oportunidades de uma outra lente. Ou seja, a visão antiga e tradicional já não basta, é preciso se concentrar nas necessidades das pessoas e agir com ações rápidas e certeiras.
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